Vani Rodrigues

A ausência e a urgência da Propriedade Intelectual nas Equipes de Marketing e Branding.

Inicialmente, esse artigo não é para induzir você a efetuar registros relacionados à Propriedade Intelectual (registro de marca, software, patente, direito autoral e etc.) nos órgãos competentes, tão pouco criticar alguém, muito pelo contrário. Ele vai servir mais para plantar uma semente no seu inconsciente, ou consciente mesmo.

Aqui, vou basear a minha própria experiência nesses quase 6 anos conhecendo o assunto.

Até então eu não tinha muita noção da necessidade e seriedade sobre a propriedade intelectual nos negócios, até tinha, mas era algo raso e sem senso de urgência, ou como a maioria pensa: “depois eu resolvo isso”.

Mas hoje eu percebo que esse modo de pensar não é (foi) somente meu, muito pelo contrário. Muitos profissionais, inconscientemente, pensam assim, os próprios donos, diretores, heads, equipe de marketing, branding e todos que fazem parte da estratégia e tomada de decisão do negócio, não têm muita noção.

Então, diante dessa métrica intuitiva através de conversa, networking e consultoria, pude perceber que há alguns pontos extremamente importantes a serem notados:

1º Ponto: Culturalmente somos sim, um país atrasado nesse quesito, e ainda juntamos com: “Vou empurrando com a barriga.”, “Não precisa!”, “Já tenho CNPJ!”, “Isso não serve para nada!”. Acreditem, ouço esse tipo de coisa até hoje, 2024;

2º Ponto: Anos atrás o acesso a esse tipo de informação e o próprio procedimento eram complexos e escassos;

3º Ponto: Matéria/assunto que não se encontra de forma adequada ou fácil acesso em cursos, sejam eles livres, profissionalizantes, graduações e etc. Acredito que seja reflexo do 1º ponto. E juntando com esse fator, a maioria das contabilidades não têm muita noção sobre, e por quê menciono elas, porque geralmente é o 1º lugar que vamos para abrir uma empresa, na maioria das vezes;

4º Ponto: Pior que a informação não chegar, é chegar de forma errada, e tem muita coisa errada, justamente pelos pontos anteriores, afinal, sem informação adequada, os mal-intencionados se aproveitam, e acreditem, infelizmente muitas pessoas caem no conto do vigário;

5º Ponto: Por mais que o acesso à internet esteja mais fácil e rápido, esse tipo de conhecimento ainda está muito restrito a advogados e profissionais especialistas da área, o que é certo, cada qual no seu lugar, mas não custa nada termos noção real sobre o assunto, uma vez que um alto investimento, pode se tornar um alto risco.

Então, após essas análises de próprio cunho, vejo sim, uma urgência em vários âmbitos, começando pela inserção da matéria nas grades curriculares dos mais diversos cursos, afinal, é todo um processo, começa na disseminação da informação até a aplicação dela, estudar e entender sobre Propriedade Intelectual é entender sobre: onde investir, onde arriscar, onde se destacar e, analisar oportunidades de expansão através de franquias e/ou licenciamentos, seja no mercado nacional ou internacional.

Desta forma, espero que eu tenha despertado a curiosidade em você sobre esse assunto, e caso você queira dicas de onde conseguir conteúdo e cursos relacionados, estou à inteira disposição.

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